sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um filme que eu vi - O Segredo dos seus Olhos

Fui ao cinema, ao agora chamado Medeia King (antes era só King). Vi El Secreto de sus Ojos (O segredo dos seus Olhos). Gostei imenso. O filme ganhou este ano o Óscar do melhor filme estrangeiro. É um filme policial, muito bem arrancado. A tensão romântica é grande, e a parte técnica está boa, tanto quanto consigo avaliar. Escrevi um texto para o Estrolábio: http://estrolabio.blogspot.com/2010/08/o-segredo-dos-seus-olhos-de-juan-jose.html. 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Poesia - A Vamp



Era uma vez, sozinho, numa noite
Escura, cerrada, sem luar
Daquelas em que não há quem se afoite
A sair à rua, nem para ver o mar

Na varanda a fumar um cigarro
Cosido à parede, bem abrigado
Ao ver passar, lentamente, um carro
Ao volante uma vamp com ar chateado

Pensei que talvez procurasse alguém
Desci a minha escada a correr
E disse-lhe que procurava eu também

Deu uma gargalhada e respondeu
Que até preferia já ali morrer
Do que aturar um teso como eu


Ver Estrolábio, 23 de Agosto de 2010, http://estrolabio.blogspot.com/2010/08/joao-machado-e-vamp-no-espaco-verbarte.html 

sábado, 21 de agosto de 2010

Uma rápida incursão em Madrid

A Helena Maria e eu estivemos em Madrid de 18 a 21 de Julho passado. Fomos participar numa reunião do projecto Eurostar, no qual participa a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson - APDPk, associação de que a Helena Maria é Presidente da Direcção. E fizemos algum turismo cultural e não só. Tinha estado em Madrid há já cinquenta anos. Gostei imenso.

Viajámos de comboio, no Lusitânia. Essa parte foi pouco agradável, pois fomos na carruagem cama, e não dormi quase nada. Mas entretanto escrevi para o blogue Estrolábio um texto resumindo os aspectos mais notáveis (pelo menos para mim) da nossa deslocação. Vejam em http://estrolabio.blogspot.com/2010/08/uma-rapida-incursao-em-madrid.html.

sábado, 14 de agosto de 2010

A Peste, de Camus

Li A Peste, de Albert Camus. Trata-se de um livro notável, digo-o aqui apenas para enfatizar, porque é muito conhecido, mas talvez menos lido. Elaborei um texto curto sobre o livro e o autor, que enviei para o blogue Estrolábio, onde saiu ontem, dia 13 de Agosto de 2010 (http://estrolabio.blogspot.com/2010/08/um-livro-que-eu-li-peste-de-albert.html). A minha leitura foi na Collection Folio, da Gallimard, numa edição de 1972, com 309 páginas.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Maquiavel - La Mandragola

Li La Mandragola, na tradução portuguesa de Carmen González, publicada em 1970 pela Editorial Estampa (colecção Clássicos de Bolso). Tem uma interessante introdução feita pelo então Adido Cultural da Embaixada de Itália em Lisboa, Riccardo Averini, que sublinha a vitalidade e universalidade desta comédia, que ainda hoje é perfeitamente representável. Cita Macaulay, que achava que Maquiavel se tivesse dedicado exclusivamente ao teatro, teria sido um dos maiores dramaturgos de todos os tempos.E termina referindo que os grandes escritores portugueses do século XIX se interessaram por Maquiavel, e mostraram uma grande compreensão pela sua obra.

Capa da edição portuguesa de 1970  
 Editorial Estampa

La Mandragola foi publicada em 1518. Terá sido escrita cerca de 1512, quando Maquiavel preparava De principatibus (nome original de O Príncipe). Trata-se de uma comédia de costumes, sobre um jovem que procura seduzir uma jovem, história que talvez fosse banal se esta não estivesse casada com um velho rico e tonto. Praticando uma série de vilanias, e com o apoio de gente pouco recomendável, os jovens vencem as barreiras que os separam. Melhor dito: o jovem consegue o seu intuito, com o consentimento da jovem. Maquiavel faz uma crítica cerrada à sociedade em que vive, começando pelos casamentos por interesse e pela condição feminina (desculpem, mas está bem claro que Maquiavel não concorda com o tratamento das mulheres como mercadoria), continuando pela venalidade dos costumes e acabando na ignorância generalizada.