Lembram-se de O Tesouro de Serra Madre? O filme de John Huston de 1948, que conta com uma interpretação "à maneira" de Humphrey Bogart? O argumento foi elaborado a partir de uma história de B. Traven, que também colaborou directamente na preparação do filme.
B. Traven levou uma vida aventurosa, que nunca quis dar a conhecer. A revista semanal do El País (El País Semanal) de 5 de Abril de 2009 traz um artigo de Julia Luzán, que o refere como um rei do disfarce, enumerando algumas identidades que teria assumido ao longo da sua vida. B. Traven terá mesmo espalhado pistas falsas sobre a sua identidade. B. Traven chegou a afirmar: a história da minha vida é comigo. Parece que a única data certa que se conhece da sua vida é a da sua morte: 26 de Março de 1969. Chegou a fazer correr o boato de que era Jack London, que este teria fingido a sua morte em 1916 (suicidou-se na Califórnia), e reaparecido como B. Traven.
B. Traven levou uma vida aventurosa, que nunca quis dar a conhecer. A revista semanal do El País (El País Semanal) de 5 de Abril de 2009 traz um artigo de Julia Luzán, que o refere como um rei do disfarce, enumerando algumas identidades que teria assumido ao longo da sua vida. B. Traven terá mesmo espalhado pistas falsas sobre a sua identidade. B. Traven chegou a afirmar: a história da minha vida é comigo. Parece que a única data certa que se conhece da sua vida é a da sua morte: 26 de Março de 1969. Chegou a fazer correr o boato de que era Jack London, que este teria fingido a sua morte em 1916 (suicidou-se na Califórnia), e reaparecido como B. Traven.
Quando faleceu a viúva declarou que o seu nome era Traven Torsvan Croves, e que teria nascido em Chicago a 3 de Maio de 1890. Contudo não se encontraram registos que confirmem estas declarações.
Conta-se que a revista Life terá oferecido 5.000 dólares a quem descobrisse um pista para resolver o mistério Traven. Julia Luzán falou com a viúva, Rosa Elena Luján, e esta acedeu a mostrar várias fotografias de B. Traven, que figuram no artigo do El País Semanal de 5 de Abril de 2009.
Conta-se que a revista Life terá oferecido 5.000 dólares a quem descobrisse um pista para resolver o mistério Traven. Julia Luzán falou com a viúva, Rosa Elena Luján, e esta acedeu a mostrar várias fotografias de B. Traven, que figuram no artigo do El País Semanal de 5 de Abril de 2009.
Na internet (http://en.wikipedia.org/wiki/B._Traven) encontram-se várias referências a B. Traven. Terá assumido diferentes identidades ao longo da sua vida. Uma terá sido a de Ret Marut, participante na tentativa de implantar uma república soviética na Baviera, no início da década de 1920. Terá pertencido aos conselhos operários implantados na altura na Alemanha. A violenta repressão que se abateu sobre os revolucionários fez com que Ret Marut tenha sido condenado à morte. Era editor de uma revista anarquista, Der Ziegelbrenner (à letra, O Queimador de Tijolos).
Uma referência interessante a B. Traven é a que lhe faz Jack D. Forbes, no seu livro Columbus and Other Cannibals, de 1992. Jack D. Forbes foi professor de estudos nativos americanos (American Native Studies) na Universidade de Davis, na Califórnia. Hoje é professor emérito. No capítulo VI, sobre como o processo de corrupção leva as pessoas à demência e as transforma em opressores, refere Government, uma história que B. Traven escreveu na década de 1930, e que faz parte das Jungle Novels, no qual aborda as lutas sociais no México, sobretudo em Chiapas, nos anos que se seguiram à revolução de 1910. Conta a história de Gabriel Orduñez, um ladino (mexicano de fala espanhola e sangue mestiço) que é levado a tornar-se agente de índios, que explora duramente.
As simpatias de B. Traven pelos explorados e oprimidos são manifestas. As suas ideias são sem dúvida anticapitalistas e pró-anarquistas.