domingo, 23 de setembro de 2007

A quem aproveita a guerra no Iraque?

Sobre este assunto veja-se o que ontem, 22 de Setembro" veio publicado no "The Nation" pelo blogue Common Dreams, sob o título "Blackwater, Oil and the Colonial Enterprise". Na realidade aquilo que toda a gente já sabia, mas por medo, indiferença ou conivência, calava, é dito cada vez mais alto. A Guerra do Iraque é feita para servir interesses privados.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Proliferação de notícias sobre saúde. Apresento um resumo e quatro títulos do mesmo jornal

No Público de 20 de Setembro (ontem):

Resumo de notícia - Metade da população não tem como pagar dentista. Os dentistas procuram outros países para exercer a profissão. Segundo Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, um estudo da Universidade de Liverpool, Portugal tem o pior cenário da Europa quanto a cuidados de saúde oral.

Quinto parto a caminho do Hospital de Viseu.

Queixa à Ordem sobre recusa de fármaco inovador a doente com cancro "não é inédita".

Obra da extensão de saúde de Castanheira do Ribatejo está parada há quase dois anos.

Seixal protesta contra encerramento dos SAP.

Pergunta: O que se passa com a Saúde? Está em falência? Temos de nos preparar para ir ao médico ao estrangeiro?

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Pierre Assouline

Vejam o blogue de Pierre Assouline, o biógrafo de Georges Simenon. Já deu, há anos, uma conferência no Instituto Franco-Português. http://passouline.blog.lemonde.fr/livres/. Muito interessante. Muito francês, mas não excessivamente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Livro do Alan Greenspan The Age of Turbulence: Adventures in a New World

Leiam o que eu copiei (com a devida vénia) do Washington Post de 16Setembro07. Vejam o blogue Common Dreams.


"Published on Sunday, September 16, 2007 by the Observer/UK
Greenspan Admits Iraq was About Oil, As Deaths Put at 1.2 Million
by Peter Beaumont and Joanna Walters in New York
The man once regarded as the world’s most powerful banker has bluntly declared that the Iraq war was ‘largely’ about oil.
Appointed by Ronald Reagan in 1987 and retired last year after serving four presidents, Alan Greenspan has been the leading Republican economist for a generation and his utterings instantly moved world markets.
In his long-awaited memoir — out tomorrow in the US — Greenspan, 81, who served as chairman of the US Federal Reserve for almost two decades, writes: ‘I am saddened that it is politically inconvenient to acknowledge what everyone knows: the Iraq war is largely about oil.’
In The Age of Turbulence: Adventures in a New World, he is also crystal clear on his opinion of his last two bosses, harshly criticizing George W Bush for ‘abandoning fiscal constraint’ and praising Bill Clinton’s anti-deficit policies during the Nineties as ‘an act of political courage’. He also speaks of Clinton’s sharp and ‘curious’ mind, and ‘old-fashioned’ caution about the dangers of debt.
Greenspan’s damning comments about the war come as a survey of Iraqis, which was released last week, claims that up to 1.2 million people may have died because of the conflict in Iraq — lending weight to a 2006 survey in the Lancet that reported similarly high levels.
More than one million deaths were already being suggested by anti-war campaigners, but such high counts have consistently been rejected by US and UK officials. The estimates, extrapolated from a sample of 1,461 adults around the country, were collected by a British polling agency, ORB, which asked a random selection of Iraqis how many people living in their household had died as a result of the violence rather than from natural causes.
Previous estimates gave a range between 390,000 and 940,000, the most prominent of which — collected by the Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health and reported in the Lancet in October 2006 — suggested 654,965 deaths.
Although the household survey was carried out by a polling organization, rather than researchers, it has again raised the specter that the 2003 invasion has caused a far more substantial death toll than officially acknowledged.
The ORB survey follows an earlier report by the organization which suggested that one in four Iraqi adults had lost a family member to violence. The latest survey suggests that in Baghdad that number is as high as one in two. If true, these latest figures would suggest the death toll in Iraq now exceeds that of the Rwandan genocide in which about 800,000 died.
The Lancet survey was criticized by some experts and by George Bush and British officials. In private, however, the Ministry of Defense’s chief scientific adviser Sir Roy Anderson described it as ‘close to best practice’.
© Guardian News and Media Limited 2007"

Interessante isto, não é? Ele reconhece que os americanos foram para o Iraque por causa do petróleo. Deve haver quem se esteja a retorcer por causa das saídas do Greenspan.

domingo, 16 de setembro de 2007

Domingo. Estou a analisar o PAMA

Hoje tenho estado a analisar o regulamento do Programa de Apoio ao Movimento Associativo, já aprovado em reunião do executivo da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Vai ser discutido na Assembleia Municipal da próxima terça-feira, dia 18 de Setembro. Trata-se de um documento interessante, mas que julgo merecer vários reparos.

sábado, 15 de setembro de 2007

Eça e Camilo

António Ramos de Almeida escreveu, na pág. 12: "Eça só poderá atingir a popularidade de Camilo, quando o povo português adquirir um grau de cultura que lhe revele o sendo do ridículo, base do génio satírico de Eça de Queiroz".

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Eça

António Ramos de Almeida, no seu livro "Eça - cem anos depois", editado no centenário do nascimento do escritor, pela Livraria Latina Editora, diz na pág. 10:

Isto não quere dizer que Eça seja o nosso romancista mais popular, ou melhor, que tenha escrito os nossos romances mais populares. Eça não tem nenhum romance que tenha alcançado a popularidade de "O Amor de Perdição" ou de "As Pupilas do Senhor Reitor".

Julgo que o vem acima transcrito talvez tivesse razão de ser em 1945, quando o livro foi publicado. Actualmente julgo que já não corresponderá à verdade. Eça é para muitos o maior escritor português. Camilo ultimamente tem sido um tanto esquecido, sem dúvida que injustamente. Nem os filmes do Manoel Oliveira que adaptaram algumas das histórias e temas do Camilo contribuiram para atenuar esta situação. É verdade que os filmes do Manoel Oliveira, em Portugal, não são muito populares.

Actualmente, julgo poder dizer que Os Maias ou O Crime do Padre Amaro são mais conhecidos que Amor de Perdição.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Impressões de madrugada

São 5.35 da manhã. Estive a ler um belo texto do Eduardo Lourenço, intitulado "Para Sempre", publicado na Visão de 30 de Agosto. É dedicado ao Eduardo Prado Coelho, e dá umas ideias sobre o estado actual da crítica literária.

O Eduardo Prado Coelho era um ano mais novo do que eu. Nunca o conheci. Curiosamente, lembro-me do pai dele, um dia na minha casa, era eu muito pequeno. Não sei quantos anos tinha.
Devia ser quando a minha mãe ainda era professora na Faculdade de Letras.

Um dia de navegação

Estive a escrever sobre a situação do viaduto da Estrada dos Caniços, entre o Forte da Casa e a Póvoa de Santa Iria. É inconcebível como deixou a obra avançar até ao estado em que se encontra. Um pilar empenado e é totalmente inviável fazer uma saída em condições de servir um volume de tráfego automóvel para o lado da Póvoa.

Continuo a ler o Manuel Vásquez Montalbán. Acho curioso que ele seja relativamente pouco conhecido em Portugal. Na minha opinião, é muito mais interessante que o Pérez-Reverte. Talvez um pouco fatigado, nos últimos livros. Muito talentoso. A Autobiografia do General Franco e Galindéz são dois livros fora de série. E os Pepe Carvalho, também muito bons na maioria.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O dia inaugural

Hoje é o sexto aniversário do atentado de Nova Iorque. Também faz anos que foi criado o concelho da Amadora, em 1979.

Mas a actualidade está dominada pelo caso Maddie, a menina inglesa desaparecida. Trata-se de uma história horrível, que oxalá que seja esclarecida depressa. Tem-se falado demais, e eu não quero colaborar nos excessos "voyeurísticos" que têm enchido a comunicação social. Até mais logo.

João Machado