Todos os dias vemos coisas preocupantes. Algumas invadem-nos a toda a hora, como o défice orçamental, a crise no Médio Oriente, o regresso de Santana Lopes, etc. Mas há coisas que estão aí todos os dias, e não as vemos. Ou vemos, e esquecemo-nos de elas. É o caso da central nuclear de Alamaraz.
O El País do dia 6 de Novembro, na pág. 38, informa que no domingo passado, faltou a água na piscina da central onde são arrefecidas as barras de combustível nuclear. Frisa o jornal que esse arrefecimento tem de ser permanente, e que a água não circulou na piscina das 13.00 às 19.50 de domingo. Terá havido uma fuga de água. A bomba de reserva não funcionava por estar em manutenção. Almaraz II é propriedade da Iberdrola. O "incidente" (ou acidente?) foi classificado como de nível 1 (numa escala de 0 a 7, de menor a maior gravidade)
Almaraz fica na província de Cáceres. Ver no Grande Atlas Mundial, do Reader's Digest, o mapa 190-191, quadrícula e5, na parte superior. A água que utiliza para esfriar o combustível nuclear é a água do Tejo. O Conselho de Seguranaça Nuclear ordenou uma inspecção. Ecologistas em Acção pediram que a central fosse sancionada.
E nós, que somos banhados pelo Tejo, em que ficamos?
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