quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Referendo ao Tratado Europeu

Com a devida vénia, transcrevo do Jornal de Notícias o que escreve (mais uma vez, muito bem, com brilhante ironia) Manuel António Pina, sobre o referendo ao Tratado Europeu.

Queres referendo?Ora toma
Por outras, palavras, Manuel, António, Pina

Adepto do sensato cepticismo atribuído ao ex-capitão do F. C. do Porto, João Pinto, aquele do "prognósticos só no fim", eu não teria no entanto dúvidas a preencher o boletim do totobola do referendo ao Tratado Europeu punha 1 de caras, ou seja, estou certo (tanto quanto se pode estar certo de qualquer coisa) de que não haverá referendo e de que será a AR a assiná-lo de cruz. Dir-me-ão que Sócrates, na campanha de 2005, nos garantiu que haveria, que repetiu o mesmo já este ano (como que por acaso no dia 25 de Abril), que CDS, PCP, BE e o presidente da República o disseram também, que o PSD ainda há um mês o dizia. Só que, depois destes anos todos, já sabemos quando os políticos mentem: é quando estão a mexer os lábios. Não gastaria, por isso, cera com tal defunto não fosse o argumento de Vital Moreira, porta-voz oficioso do Governo, contra o referendo: o Tratado é complicado de mais para a mente simples do "cidadão comum", se o "cidadão comum" tentar lê-lo não passa da segunda página. Acha Vital Moreira que os "cidadãos incomuns" que se sentam na AR lerão o Tratado de fio e pavio e só o votarão depois de o compreenderem. Ora só quem não conhece o espírito crítico e a independência e craveira intelectuais que vão pela AR é que não lhe dará razão.
É claro. Quem viu Vital Moreira ...

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